Oh mãe... (sim, sim, eu!)
Fatia#1, num acesso de independência, resolveu sacudir as suas sapatilhas (neste momento, Fatiasmén diz: ténis).
Não sei se será mal geral das crianças que têm areia nos jardins de infância, mas a minha insiste em trazer diariamente o equivalente a uma praia privada, para casa, dentro das suas sapatilhas (ou ténis).
Bom, retomando a acção emancipada do dia, no meio de tanto abanar a sapatilha (ou ténis) para que a areia se soltasse, houve um que voou varanda fora.
Veio ter comigo aflita, porque tal nunca tinha acontecido...
Tranquilizei-a (azares acontecem a todos e desta varanda já voaram panos de cozinha, uma aliança, um cartão de membro efectivo da ordem dos psicólogos caducado, entre outras coisas) e propus-me a ir buscar a sapatilha (ou ténis) ao seu destino fatal.
Mas disse-lhe: - Oh Fatia#1, dá só aí um olhinho à sapatilha, enquanto a mãe não chega à rua.
Resposta?
Oh mãe! Para quê? Uma sapatilha não é uma criança!
É nestas alturas que fico sempre a pensar que mais valia estar calada... Eu, claro!
Nota: a minha preocupação com a sapatilha é válida. Das muitas coisas que o Fatiasmén já sacudiu pelas janelas/varandas das nossas casas (se calhar não era para dizer que tinha sido ele), algumas desapareceram no tempo decorrido entre o cair e o ir buscar.
Recordo-me especificamente de um telemóvel Simens A50 que voou pela janela de um terceiro andar, espatifou-se todo e quando o Fatiasmén chegou à rua... tinham-no levado! Nunca chegámos a saber quem... Mas de certeza que funcionava! Já não se fazem telemóveis como antigamente, é certo!