E... estou de volta.
O interregno tem-me sabido bem, mas a vontade de voltar a escrever está a tomar conta de mim. Acho que tenho demasiadas coisas em mãos; ainda assim, a escrita é uma parte essencial de quem sou e não a quero abandonar.
Os blogues são como as pessoas, como as relações. Mudam ao longo do tempo, ganham alguma alma, que se distingue de quem lhes dá a vida, qual Pigmaleão com a sua escultura. E é por esse exacto motivo que divergem da linha criadora ao ponto de não nos identificarmos com o que se iniciou.
Acho que tenho que aceitar que o blog não é o mesmo porque eu não sou a mesma de há quatro anos. Muito se alterou, desde então, e eu tenho que fazer face a essa mudança. Falei com os pássaros, falei sozinha, falei com as paredes e...
a) Pensei em fechar este e começar outro. Mas acredito que os passados são definidores de quem somos e a memória é que faz de nós quem somos. Jamais seria capaz de ocultar esta parte de mim.
b) Depois pensei em manter este, mas começar um à parte. Em tempos, já o fiz e não resulta. Eu sou só uma. Abdiquei dessa ideia rapidamente.
c) Considerei um começo do zero, até noutra plataforma (desculpa sapinho), mas sou fiel a esta comunidade que me tem acolhido nestes anos e tenho horrores a mudanças complexas.
d) Então, vamos ficar como estamos que, neste caso, significa mudar de ideias.
Vamos candidatar-nos a um extreme makeover. Vamos abandonar o ar mais infantil e familiar para crescermos para a mulherzinha (ou bloguezinho) que somos. E, como já nada disto é incógnito ou até anónimo (Maria, isto já não é o que era e o blogger anónimo está mesmo em vias de extinção), vamos mostrar-nos ao mundo. Diria que só os mais distraídos é que não sabem a quem este blog pertence, por isso, vamos embora. (mas não hoje)
Nos próximos dias, vou andar on e off nesta coisa, a tentar encontrar uma face que vá com a identidade. Se quiserem ajudar, dar sugestões, façam-no para o vidaasfatias@gmail.com. Terei todo o gosto em ouvir-vos!
Até lá um até já!